Dia 20:

Hoje eu assisti "Indiana Jones IV" e "Predator x Allien 2"...
Amanhã o pessoal vai fazer uma muqueca de camarão e vamos passar o dia na piscina!
E domingo ... isso é que é falta de assunto, heim?

Dia 19: Brasil x Argentina

Ontem foi dia de jogo no mineirão! Brasil e Argentina! Também foi véspera de minha viagem para Vitória, onde vou ficar uma semana curtindo os pais, irmãos, sobrinhos, parentes, amigos...
Ontem fui dormir cedo, pois tinha que sair hoje cedinho! Antes de dormir, porém, vi que as ruas em volta do meu prédio estavam lotadas de carros estacionados (moro perto de vários barzinhos muito agradáveis aqui em BH!). Muita gente tinha se reunido nestes barzinhos para tocer para o Brasil! Jogo no Mineirão! Jogão!
Pensei que nem ia conseguir dormir, pois ia ser um barulho daqueles! Mas bati a cabeça no travesseiro e apaguei! Só acordei às 04:25 de hoje, hora que havia programado para me levantar e rumar para Vitória!
Logo quando cheguei no aeroporto de Confins, percebi algo diferente: o aeroporto estava lotado de argentinos! Mas todo mundo muito quieto. Na verdade, o pessoal estava era meio morto, esparramados pelas cadeiras, aguardando o vôo de volta para casa!
Eu não sabia o resultado do jogo e pensei com meus botões: "Se os argentinos estão quietos assim, é porque o Brasil ganhou!" - Pensamento lógico, né? Brasil e Argentina, jogo no Brasil, no Mineirão...!
Mas aí eu percebi o que estava me intrigando: também havia muitos brasileiros no aeroporto e não era aquele pessoal usual (você sabe: executivos enternados, políticos enternados, alguns turistas...). E a turma também estava muito quieta. Como? Jogão... e o pessoal assim, jururu? Qual foi mesmo o resultado do jogo?
Mas aí não deu nem p'ra puxar assunto com o argentino do lado, pois o meu vôo já havia sido anunciado! Paciência. Dentro do avião eu descubro!
Quê nada! O vôo foi tão rápido... foi o avião decolar, o serviço de bordo ser consumido... e o avião já estava pousando em Vitória! Também não deu p'ra ouvir nenhuma conversa! O pessoal estava mesmo muito jururu! - Ou a noitada FOI realmente muito boa!
Bem... a salvação seria o motorista de táxi! Desilusão! Ele também não havia assistido a partida!
Assim, quando cheguei em casa (leia-se casa dos meus pais), antes mesmo do abraço fui logo perguntando: "E aí, qual foi o resultado do jogo ontem?"
Mamãe me deu um abraço apertado, beijou meu rosto, os olhos cheios de lágrimas ... papai veio logo atrás, também me abraçou apertado, todo sorridente...
"-E então, alguém sabe o resultado do jogo de ontem?"
Meu pai foi a salvação.
"-Zero a zero, minha filha!"
Jogão, heim? Brasil e Argentina, jogo no Mineirão!...

Dia 18: Nossa História!

Um dia destes eu fui até Ouro Preto. Foi minha primeira visita àquela cidade! Fiquei encantada! Não é à toa que ela é patrimônio cultural da humanidade!
Agora estou às voltas com livros de história e pesquisas na internet, resgatando memórias desse pedacinho do meu país maravilhoso! Estou (re-) descobrindo tanta coisa interessante!
Dizem que conhecer o passado é fundamental para situarmos o presente e planejarmos o futuro! Concordo que aprendemos muito olhando para trás; concordo que percebemos as semelhanças de nosso passado com o nosso presente, projetando a idéia de como poderá ser nosso futuro; concordo que apesar de tudo isso, ainda cometemos os mesmos erros! Por quê?

Dia 17:

O dia hoje voou! Eu cheia de coisas para fazer e ainda tenho que me lembrar de escrever! Hoje quase que esqueci!

De qualquer maneira, estou totalmente sem inspiração!

Estou querendo mesmo é ir para a cama e dormir, porque amanhã vai ser um daqueles dias! Pura correria!

E o pior de tudo é que as minhas férias estão acabando!

Dia 16: Minhas desculpas!

Eu falei p’ra vocês que estou cumprindo uma aposta, escrevendo todos os dias nesse mês de junho?! E que o mentor do meu desafio foi o meu amigo Gabriel?
O que eu ainda não falei foi que das 7 pessoas que estavam naquela mesa e que aceitaram seus desafios, 2 já estão de fora! Haha! Eles sentiram na pele o que é tomar uma decisão de madrugada, depois de rodadas de bebida e conversa de botequim! – Uma furada!!!
Mas as mulheres continuam firmes e fortes. Nenhuma foi eliminada ainda! Talvez porque mulher é mais centrada, não toma decisões por impulso...
Mas esse texto não é sobre a superioridade das mulheres...ou as dificuldades dos homens...hahaha
Esse texto é só pr’a pedir desculpas pelos meus erros de português e de inglês (talvez de espanhol, se tiver que escrever nessa língua também!), e p’ra pedir paciência a todos vocês, já que vão ser 30 textos – não está passando pela minha cabeça perder a aposta!
Mas já que ficou decidido que eu deveria entrar no blog e escrever, sem revisão, sem acertos... já viu, né?
E quanto a você, Gabriel... será que não têm mais o que fazer do que ligar p’ra mim de madrugada e reclamar do meu estilo? Acho melhor você terminar as suas reportagens aí na Ásia, e voltar rapidinho p’ro Brasil... ou não está preocupado por não estar aqui cumprindo o seu desafio?Ahahah...

Dia 15: Pique-esconde-estátua!

Gio bebê (à esquerda)

Lucca bebê (à direita)

Eu tenho dois cachorrinhos: o Gio (da raça maltês) e o Lucca (da raça West Highland White Terrier). Vieram para mim de forma inesperada: o Gio veio primeiro, logo depois que eu me mudei para meu próprio apartamento, deixando a casa dos meus pais! Num sábado, passeando pelo shopping, parei em frente a um pet shop (adoro animais!), e lá estava ele, tão pequenininho! Um filhotinho que mais parecia uma bolinha de pelos... que começou a pular e ganir assim que me viu! Acho que foi amor à primeira vista... impossível de resistir! - O Lucca veio seis meses mais tarde! Eu estava “passeando” pela Internet quando entrei no site de um famoso canil aqui no Brasil. Me apaixonei pelos cachorrinhos na hora! Não demorou muito tempo para o Lucca vir de avião para mim! Desde então somos uma família muito feliz!
O Gio, por ser mais velho, é muito mandão! Pinta e borda com o Lucca, que é muito paciente! Claro que chega uma hora em que não dá para agüentar aquele pingo de cachorrinho latindo p’ra você; então o Lucca briga com o Gio, colocando ordem na casa!
Mas os dois se adoram! E vivem brincando juntos! Acho que o que eles mais gostam de brincar é de “pique-esconde-estátua”! Sabe como é? Um fica de frente para o outro, os dois imóveis, só os rabinhos balançando pra lá e pra cá! Então, de repente, um sai correndo e o outro sai correndo atrás! Aí é como se eles fossem dois foguetinhos: correm de um lado para outro, sobem no sofá, descem na carreira, fazem zigue-zague... e então param de repente, imóveis, um olhando para o outro, os rabinhos balançando, esperando para ver quem vai começar a correr de novo!

Eles não têm carinha de arteiros?

Dia 14: Vida de Santo(a)!

Vida de santo(a) é mesmo difícil! Vocês já leram o significado da palavra “santo(a)”? “Homem (mulher) de grandes virtudes, puro(a), de bondade incomum” (Houaiss). Olha, só faltou dizer também “de paciência infinita!”. Por quê? Bem, só para dar um exemplo, ontem foi dia de Santo Antônio. Conhecido como santo casamenteiro. É claro que as moças casadoiras (e suas mães) são devotas desse santo (pelo menos até o casamento!). E sabem o que elas fazem para demonstrar sua devoção? Algumas simpatias...:

1. Aquelas que têm pressa em arranjar um namorado devem comprar uma pequena imagem do santo. E para agilizar a conquista do pedido, fazer dois procedimentos: tirar o Menino Jesus do colo do religioso, dizendo que só devolverá quando conseguir um namorado, ou ainda, virar o Santo Antônio de cabeça para baixo. (Pura maldade, né?)

2. A mais afoita têm ainda outro recurso. Deve ir a um casamento e dar de presente aos noivos uma imagem de Santo Antônio, sem o Menino Jesus. Depois, pedir no altar para se casar com alguém, especial ou não. Assim que a graça for alcançada, deve retornar à igreja e lá depositar a imagem do Menino Jesus. (Acho que isso é chantagem!)

3. As que já estão acompanhadas, mas ainda não subiram no altar, também possuem práticas específicas. A pessoa deve amarrar um fio de cabelo seu ao do namorado. Eles devem ser colocados aos pés do santo, que, logo, logo, resolve a questão (até parece, heim santinho?)

Se você tiver interesse em outras, acesse: http://www.rosamarc.com.br/santonio/simpatia.htm)

http://www.mulhervirtual.com.br/simpatias/lista/santoantonio.htm

http://www.velhosamigos.com.br/datasespeciais/diajunino3.html

Já deu para perceber que vida de santo(a) não é fácil?

PS: Eu aqui caçoando das simpatias... será que é por isso que ainda estou solteira?

Dia 13:

Os joelhos de Maria tremiam tanto, que ela podia sentir um batendo contra o outro. O grande dia chegara, mas ela não tinha certeza se estava preparada para ele! É verdade que tinha passado as últimas três semanas preparando a apresentação, mas mesmo assim... Nossa, como era ruim aquela insegurança! Maria inspirou profundamente. Estava preparada!
Há seis anos atrás aceitara trabalhar como colaboradora para aquela multinacional. Fora tudo tão rápido e tão simples! Um golpe de sorte! Já há algum tempo um amigo seu havia falado sobre esse grupo empresarial que trabalhava com logística internacional e que estava procurando colaboradores aqui no Brasil, pois tinham intenção de iniciar atividades comerciais no país. Conversa vai, conversa vem, ele perguntou se ela estaria interessada. Maria já possuía um trabalho. Era funcionária de uma famosa empresa de marketing e adorava o que fazia. Entretanto, aquele convite veio num momento em que ela não estava satisfeita com o rumo de sua carreira na empresa. Por que não tentar?
O que começou quase como uma brincadeira nas horas vagas foi tomando outro ritmo... outro rumo. Maria começou a ser mais e mais requisitada pelo escritório londrino. E na mesma proporção que crescia naquele “bico”, via a possibilidade de conseguir o cargo que tanto almejava em seu trabalho diminuir. Aquilo não era engraçado? Enquanto seu chefe na empresa de marketing não via suas qualidades, o outro “chefe” não cansava de elogiá-la, feliz com o resultado do trabalho.
Outro golpe de sorte tinha sido aquela reunião! A diretoria executiva do grupo se reuniria no Brasil para avaliar aquele primeiro ano de funcionamento do escritório físico no país... justamente no mês de suas férias!
Maria tivera três semanas para preparar aquela apresentação junto com a equipe, e sabia que os números eram fantásticos! Já há dois anos seu “chefe” insistia para que ela fizesse parte do quadro permanente, mas ela ainda tinha as suas dúvidas. Agora, depois da apresentação, sabia que viria uma nova oferta... talvez desta vez irrecusável!
A vida não era engraçada?!!
- Good afternoon, gentlemen! – ela começou, com um sorriso nos lábios.

Dia 12:

O banho foi demorado. Primeiro lavei os cabelos com meu xampu favorito de frutas. Depois massageei o corpo todo com aquele sabonete exfoliante antes de passar o óleo perfumado. Ah, se ao menos eu tivesse uma banheira! Mas aquele item já estava incluído na minha lista de desejos!
Quando finalmente terminei o banho, me enxuguei com a toalha felpuda rosa e depois a enrolei em meu corpo, prendendo a ponta no lado direito. Fui para frente do espelho e respirei fundo! Hora de secar o cabelo com o secador.
Os próximos 40 minutos foram uma briga ferrenha entre aquela máquina, a escova e meus longos cabelos cacheados! Cabelos lisos estavam na moda!
O próximo passo era me vestir. Mas abrir o guarda-roupa e escolher uma roupa para a ocasião se mostrava tarefa difícil. A lingerie eu já havia comprado duas semanas atrás: um gracioso, mas muito sexy, conjunto de calcinha e sutiã vermelho de renda com pequeninos laços de fita. Hora da roupa...
Puxa, devo ter ficado mais de hora naquele experimenta roupa - olha no espelho - detesta roupa - tira roupa - e começa todo o processo de novo com outra roupa!
Quando já estava perdendo a paciência, preocupada com a hora, meus olhos focaram aquele lindo vestido preto de algodão com seda e detalhes de renda de fios coloridos e brilhantes na gola! Nossa! Aquele era o vestido! E sabia qual sandália iria usar com ele: aquelas sandálias de cetim com detalhe de elástico no peito do pé que me custaram uma fortuna, mas que não fui capaz de resistir quando as vi numa loja no shopping mais caro da cidade!
Ótimo. Agora só faltava a maquiagem. Bem leve. Um pó translúcido, sombra, lápis, rimel e um batom cereja, p’ra combinar com minha morenice! Será que já estava atrasada? Olhei para o relógio em cima da mesinha de cabeceira mais uma vez! Ainda dava tempo para colocar a pulseira de pedrinhas coloridas, pegar minha bolsinha, e... dim! dom! dim! Ah, a campainha da porta! Lembre-me que devo trocá-la urgentemente, p’ra não pagar mais mico!
Respirei fundo, olhei mais uma vez para o espelho, aprovando o visual! Estava pronta!
A porta abriu-se, e lá estava ele, seus olhos verdes brilhando, o sorriso mais lindo do mundo no rosto, e uma dúzia de rosas vermelhas nas mãos!
- Feliz dia dos namorados, minha linda!

Dia 11: Gostei disso!

Eu estava sem inspiração para escrever (puxa, está começando a ficar difícil!). Cheguei a escrever umas linhas insípidas! Então fui ler um livro sobre interpretação de textos (já viu, né? Depois que comecei a escrever percebi a necessidade de voltar a estudar Português!) - E durante a leitura voltei a analisar esse aspecto de minha personalidade: gostar de ler, estudar e aprender. Acho que enquanto eu viver vou estar às voltas com algum livro, tentando aprender alguma coisa! Às vezes é algo que nós já estudamos, já sabemos... e de repente vêm uma outra visão, uma outra interpretação daquilo que sabíamos! E aí a gente fica pensando que, puxa vida!, eu pensava diferente e agora... mudou minha maneira de pensar! Ou então, a gente descobre que tinha uma visão daquele assunto, que já não nos satisfaz mais, e aí a gente parte à procura de algo mais consistente com o nosso modo de ser atual!

O texto que eu estava lendo, do professor A. Oliveira Lima, me levou a fazer essas reflexões. Uma frase foi fundamental: " a língua se realiza através da fala e esta reflete uma situação individual." você sabe: as diferenças entre Linguagem, Língua, Idioma e Fala: a primeira se define como universal, sendo o resultado da capacidade comunicativa dos seres; a segunda se define como o uso do código verbal pelas pessoas de um mesmo grupo; diz-se que o Idioma está dentro da Língua, pois define-se como o uso da língua em um país, já que existem diferenças marcantes no modo como cada país utiliza a Língua; e por fim, a Fala nada mais é do que a expressão individual, momentânea, entre todas as possibilidades articulatórias que a Língua oferece!

Não deu para entender? Então vamos lá: "a língua se realiza através da fala e esta reflete uma situação individual. Ora, cada indivíduo sofre a influência da região em que vive, do meio social a que pertence, do ambiente cultural em que troca experiências, da profissão que exerce, do tempo que atravessa, e, quando se expressa, seus atos de fala refletem essas influências..."

É por isso que dizem que a Língua é viva! Enquanto houver um ser se expressando verbalmente, haverá essa deliciosa influência dele na Língua, razão destes tantos fatores que interagem conosco diariamente, permanentemente mudando nosso jeito de ser!

Muito filosófico?

Dia 10: deu branco!

Pois é... mas a foto abaixo vale mais do que mil palavras.


..

Dia 9:

Hoje estou com preguiça!
Mas vai aí algo que li hoje, e estou tentando implementar...

MY MOTIVATIONAL QUOTES: *If opportunity doesn't knock...build a door!*

Tradução: "Se a oportunidade não bater... construa uma porta!"

Dia 8: The Ghosts of Edinburgh!

I read an article at Speak Up Magazine nr. 252: “The Ghosts of Edinburgh”. It begins with that classic question: “Do you believe in Ghosts?”. Then it says that if the answer is no, probably Mary King’s Edinburgh Ghost Fest may change your mind.
Well, I must say it was interesting because when I lived in England – many years ago!, I had the opportunity to go to Scotland and learn about the historical dark side of Edinburgh, with tales about Mary King’s Close, Mercat Cross, Graverobbers, Cannibals, Plagues, The Great Fire, Witchcraft...
Many attractions presented today to the tourists didn't exist at the time I was in Edinburgh (or I didn’t pay attention to them!). However, I did enjoy the “tours” my scottish friends took me into... and all those paranormal and strange stories they told me!
People say that J K Rowling (an ex-resident of Edinburgh) found her inspiration there for the Harry Potter novels: castle ramparts, ghostly tales and that mysterious network of “closes” in the Old Town were surely the inspiration for Dragon-Ally!
What I know is that Edinburgh has been home to creepy characters for centuries! From the witches who were thrown from the Castle into the Norloch (now Princes Street Gardens) to Jekyll and Hyde (creations of Edinburgh writer Robert Louis Stevenson).
Perfect for me! Who loves these kind of things!

Dia 7: até eu!

Sabe aqueles livrinhos de romance vendidos em banca de revista? Pois é, um dos meus segredos é que eu adoro ler aqueles livrinhos! Conhece eles? Aqueles em que a heroína é sempre uma moça linda, ingênua, virgem... e o herói é um homem maravilhoso, poderoso e rico, que apaixona-se pela heroína (sabe-se lá porquê!)... o casal vive alguns conflitos até o final “felizes para sempre”, sendo que o desenrolar da estória é entremeado com algumas (ou muitas!) cenas de sexo – algumas bem picantes!
É verdade: eu sou viciada nesses livrinhos... principalmente os históricos, passados na Inglaterra de antigamente! Aliás, é realmente inacreditável como a Inglaterra antiga chama a minha atenção! Acho que se existe encarnação, eu com certeza já fui inglesa! Ou escocesa...bem, da Grã-Bretanha! Mas essa é uma outra história que contarei outro dia!
Eu só gostaria de saber porquê as pessoas têm tanto preconceito com esses livrinhos! Lembro que quando uma amiga minha descobriu que eu lia esses romances, ela ficou de gozação comigo um bom tempo! Pior, minha reputação de mulher inteligente, auto-suficiente, moderna... ficou tremendamente abalada! Puxa, só porque eu gosto dos livrinhos? Têm gente que gosta de historinha em quadrinhos, mangás, “Caras”... e nem por isso perde a pose de intelectual!
Quer saber? Eu assumo mesmo: gosto dos tais livrinhos! Afinal, sou eclética! Machado de Assis, Jorge de Lima, Luis Fernando Veríssimo, Hemingway... ah, são tantos! E porquê não Ronda Thompson, Hanna Howell, Shannon Drake...

P.S.: por essa você não esperava, heim?

P.S.2: você ainda vai me dar uma cópia do seu livro autografada, não vai??

Dia 6: Hoje está difícil!

Hoje eu levantei com o pé esquerdo! Estou azeda, mal-humorada, indisciplinada...
Isso também acontece comigo! E com todas as pessoas!

Eu gostaria de saber quem foi que disse que a gente tem de estar sempre linda, sorridente, de bem com a vida! Desculpe a palavra, mas é um saco!

O pior é que nesses momentos a gente têm que ficar quieta num canto, porque senão podemos fazer algo que mais tarde vamos nos arrepender! Podemos ir pro salão e cortar o cabelo (p'ra depois se desesperar!); podemos encontrar aquela amiga maravilhosa, que sempre nos causou inveja (quem disse que a gente não têm inveja?), e se sentir a última das mulheres! Podemos encontrar aquele amigo que sempre esteve disponível nos momentos mais tristes de nossa vida... e descascar a batata em cima dele! Ah, podemos fazer tantas loucuras que depois nos arrependeremos! É melhor ficar quieta num canto, deixar a nuvem negra passar (ou descarregar de vez!). Porque amanhã sempre será um novo dia!

Desculpe, querido! Mas hoje não estou num bom dia!

Dia 5: Poesia de novo? Você está pegando pesado!

O quarto de brinquedos é o meu paraíso!
Têm bonecas, casinhas de bonecas, utilidades domésticas...
tudo que uma menina precisa para passar horas na mais pura alegria!
Têm também um jogo de cubos,
Dominó, carimbos, lápis-de-cor, papel...
Tesoura, cola, uma mesinha e dois banquinhos!
Ah! Que quarto mais lindo!
Mamãe às vezes vêm brincar comigo.
Mas ela é meio bobinha... mistura o nome das bonecas,
finge que toma o chazinho, fala tão engraçado quando está brincando!
Mas eu dou um desconto...afinal, é gente grande!
Gosto mesmo quando minha priminha vem passar o dia comigo!
A gente se diverte tanto!
Papai não entra no meu quartinho! Fica do lado de fora...
Eu sou sua princesinha! E ele é muito grande e sem jeito!
Não gosta de brincar de boneca!
Não faz mal. Eu amo ele mesmo assim!
Meu quartinho de brinquedos! Cor de rosa! Já está tão cheio!

Dia 4: Pura poesia, heim?

Um pingo...

pingo do i!

... caiu aqui...
você viu??!

Dia 3:Isso não se faz com os amigos!!!

Eu conheço o Gabriel por mais da metade de minha vida! Ele é um excelente jornalista, e um amigo maravilhoso! Mas o Gabriel (apesar desse nome de anjo!), é um carinha muito endiabrado! Pois não é que naquela “happy hour” do dia 31 de maio passado, quando estávamos comemorando o início de minhas férias, já pelas tantas da madrugada (imagina, heim! Nós sentamos no barzinho às nove da noite!! - Já tínhamos tomado todas! Bem, pelo menos eles, pois eu só bebi coca-cola zero aquela noite!.. Bom, talvez uma ou duas cubas...)... o Gabriel não resolve lançar um desafio? (Eu a-do-ro desafios! Ai, ai).A verdade é que naquela altura do campeonato, tudo pareceu bem divertido: a aposta, o prêmio, a penalidade... todos nós naquela mesa aceitamos!
É claro que o Gabriel tinha pegado o gancho da conversa! Então, todos nós iríamos fazer algo que considerávamos difícil, mas que ao mesmo tempo era necessário e agradável!Sabe o que eu teria que fazer? Escrever uma estória todos os dias, durante as minhas férias! O Gabriel mesmo insistiu naquele desafio. E com aquela sua voz grave, seu jeitão moleque, e todo aquele charme, acabou me convencendo! Pois não era verdade que já há algum tempo estava procurando uma coisa diferente para fazer? E ele me garantiu que também me ajudaria, corrigindo os textos, mostrando o que estava certo e errado... Era mesmo uma proposta irresistível! – Sabe quanto o Gabriel cobra por seu trabalho? E faria de graça para mim, por conta do desafio!!! Hahaha...
Mas nem tudo são flores, né? No meu caso, eu receberia um e-mail todas as manhãs, com a palavra-chave em torno da qual deveria desenvolver o texto, utilizando “pedaços” de minha realidade. E naquele mesmo dia deveria publicar o texto no meu blog (que é acessado por todos eles!).
Não preciso dizer que a palavra-chave do dia primeiro de junho de 2008 foi “trabalho”! E quer saber? O texto fluiu que foi uma maravilha. – Não me leve a mal, mas é que p’ra começar não dá para ficar questionando estilo, regras gramaticais...Ontem logo cedo fui abrir minha caixa postal, sentindo aquele friozinho na barriga! Lá estava a nova palavra: “sobrenatural”. E novamente, como por encanto, consegui desenvolver o tema... mesmo que tenha ficado meio estranho! Hahaha...
A primeira coisa que fiz hoje foi ler minha caixa postal. Sabe qual era a palavra-chave? “CABRA”.

Gabriel... “cabra”?
Já passei toda a manhã em cima dessa folha de papel... e nada! Nesse exato momento são 14:48... e nada! O dia lá fora está incrível, o céu azul. O sol a pico... tantas possibilidades... e eu aqui envolvida com a palavra “cabra”... e nada!
Gabriel... a palavra têm que fazer contexto com minha realidade! Com quais pedaços de minha realidade você espera que eu encaixe “cabra”? Não pense nem por um segundo que estou tentando escrever algo engraçado! Você sabe muito bem que não tenho o senso de humor necessário! Aliás, todo mundo sabe que eu sou uma pessoa séria! Estou é demonstrando o meu desespero! E minha indignação, viu? Você foi capaz de cortar todo o meu tesão... no terceiro dia!!!
Mas se você pensa que vou fracassar... está muito enganado! Não vai ser uma cabra que vai me tirar de circulação! Se tenho que escrever um texto em torno dessa palavra... que seja:“Ele era um CABRA macho, sim senhor! O “foda”, o “gostosão”, o “maioral”! De todos, sem dúvida alguma, o mais bem-sucedido: tinha um excelente emprego, ganhava bem, morava numa cobertura em um dos bairros mais nobres da cidade, boa-pinta, atualmente solteiro, gozava de excelente reputação profissional, conhecia o mundo todo, ... ops! Eu disse atualmente solteiro? Ah, mas aquele CABRA macho tinha um defeito, sim! Apesar de seus 3 casamentos naquele (ainda curto!) espaço de vida, não é que o cara era tímido com o sexo oposto? A bem da verdade, até hoje eu não entendo isso! Não dá para entender como um homem de 1,90m tão bem sucedido como aquele podia ter dificuldade na hora de conquistar a mulher de seus sonhos! Talvez Freud explicasse... afinal, depois de passar por 3 casamentos!!! Mas essa era a realidade daquele CABRA! E quer saber? Agora ele tem um mês para conquistar aquela loura maravilhosa, ou terá que se haver com os amigos! Hehehe... e como! Mulheres, não me olhem com cara feia. Está certo que é uma aposta, mas para o bem da loura, diga-se de passagem. Afinal, esse CABRA têm tantas qualidades, que se ele não fosse tão meu amigo (quase um irmão!), eu bem que ia querer me engraçar p’ro lado dele!”
Já ouviu dizer que a vingança é maligna?

Dia 2: sem título (ainda estou pensando em um!) :))

Ontem eu sonhei com você! Seus olhos estavam cheios de amor, e esse amor penetrou minha alma, preenchendo-a calidamente! Ontem eu precisava de você, pois uma tristeza pesada havia tomado conta de mim! E você veio em meu socorro! Fazia tanto tempo que eu não sonhava com você!
Eu nunca falei sobre essas coisas. Mas acho que já é hora de te contar:
Eu era muito criança quando sonhei com você pela primeira vez. Devia ter uns sete anos. Uma noite você veio em meus sonhos. Um rapaz alto, de ombros largos, o cabelo preto e liso amarrado em um rabo-de-cavalo. Você vestia uma camiseta de malha branca, jeans claros e tênis brancos. E tinha o sorriso mais lindo que eu já tinha visto! E eu, tão criança, soube naquele momento que você era uma metade de mim! Como explicar isso?
O tempo passou. Eu cresci. E um dia, no horário do almoço, entrei em um dos seus restaurantes. E pela primeira vez te vi de verdade! E você estava igualzinho àquele rapaz do meu sonho! Tenho certeza que quando você me viu, também sentiu aquela mesma emoção!
Como posso explicar esses meus sonhos, se nem eu mesma sei direito o que eles são? Mas você estava lá, e seus olhos me seguiram. Eu fingi que não te vi. Fui almoçar, e depois voltei para o trabalho.Demorou algum tempo para eu decidir ir atrás de você, mesmo sabendo que já era tarde! Nunca tivemos oportunidade de nos aproximar, de conversar, de nos conhecermos. E então, um dia, passei de carro em frente ao seu restaurante, tão perto de onde eu morava! Era noite, e havia festa. E instintivamente eu soube que era o seu casamento. Meu coração doeu. Uma tristeza, um desamparo, um vazio... não sei ao certo o que era, mas tomou conta de mim. E eu rezei. Por você, por ela, e pelo filho que já estava à caminho. Esqueci de rezar também por mim!
Mas eu ainda não podia resistir, e logo consegui convencer minhas amigas a irem comigo ao seu restaurante. Almoçar. O que eu queria mesmo era te ver. E você estava lá, com ela e mais uma outra moça. Lembro que você estava de óculos escuros. Durante o almoço eu sentia seus olhos em mim. Gostaria de saber o que você estava pensando! Eu posso lhe dizer o que eu pensava: que era tarde, que a Vida seguia seus caminhos, e os nossos estavam separados, como eu já tinha previsto!
Não é curioso que naquela mesma época minha irmã conheceu a sua? Uma tarde ela foi fazer uma visita a sua irmã, e eu fui junto! Por curiosidade! Também procurando uma resposta! Afinal, por quê sonhar com você, te conhecer em sonhos, te encontrar em minha vida, e não poder te ter?
Acho que tenho passado a minha vida inteira dentro deste dilema. Sonho com desastres que acontecem, com pessoas que vão passar pela minha vida, com caminhos para escolher... com pessoas que não estão mais aqui! Sonho com vidas passadas... talvez futuras... talvez conseqüências de escolhas! E rezo! Procuro por Deus, por minha alma! E lá no fundo do meu ser, eu duvido de tudo isso! P'ra mim, quando a morte chegar será o fim. Vou virar pó e me misturar com a terra. Vou estar para sempre perdida!
Eu me afastei de você. Não havia mais nada a fazer. E havia outras decisões a tomar!
Nós nos encontramos algumas vezes! Também, era de se esperar, já que morávamos na mesma cidade! Mas eu sempre me afastei. Sempre existiu aquele sentimento de impedimento! A Vida tinha seus próprios caprichos!
Eu também sabia que meu caminho era tortuoso. Evitei quanto podia, mas quando está escrito, o Destino é implacável! E o meu futuro não era o que eu queria!
Então eu me afundei! Veio a tristeza, a decepção, o desespero! Perdi minha convicção. Deixei de acreditar num futuro. Perdi a fé nas pessoas!
Estava tentando curar as feridas quando você apareceu novamente! Um dia, no meu serviço, atendendo um cliente, senti os seus olhos em mim. Levantei a cabeça, e lá estava você! Fingi que não te vi. Te ignorei completamente!
Mas fiquei surpresa. Agora você estava trabalhando na área que eu amava: exportação. Tão diferente de sua outra área! Como podia ser?
E veio outro dia. E mais uma vez senti os seus olhos em mim. E quando olhei para você, meu coração apertou. Me deu uma vontade louca de te abraçar, de te consolar. Acho que você estava precisando. Mas eu já estava tão confusa!
De repente, eu quis fugir de tudo. Principalmente de mim mesma. Uma revolta explodiu em meu peito. Que vida! Essa sensação de “deja vu” perpétua! Pior. Sabia que ainda viriam mais decepções, mais tristezas, mais...
Será isso loucura?
Eu fugi.
Vim pra cá.
E agora o perigo me ronda!
Estou me destruindo. Presa numa teia que eu mesma teci. Lutando contra os meus (tantos!) demônios. - Nunca aprendi a viver essa minha vida! - E os sonhos que tenho à noite...! Ah, esses agora me dão calafrios!
Mas ontem eu sonhei com você! Seus olhos estavam cheios de amor, e esse amor penetrou minha alma, preenchendo-a calidamente!

Dia 1: Qual o melhor título para essa história? (ah, é história mesmo, e não estória, pois é verdadeira!) :)

Era sexta-feira. Seu último dia de trabalho! E então viriam as férias! Deus sabia como Ella estava precisando daquelas férias! Tinha sido um ano exaustivo! Depois de quatro anos “de molho” sabe-se lá porquê, e tendo que provar em todos aqueles dias a injustiça daquele “molho”, Ella havia sido transferida para trabalhar em outro Estado, ganhando um pouquinho mais do que estava ganhando. Nos últimos meses Ella se perguntava se havia sido uma decisão acertada. Deixara a família, que era o seu suporte mais importante, e amigos. Poucos. Mas verdadeiramente amigos. Mudara-se para uma cidade que não conhecia, longe de tudo que lhe era familiar e querido, para tentar reverter aquela situação no serviço. Tivera esperanças de começar de novo! E aquela esperança foi se diluindo naqueles últimos sete meses, de modo que agora não sabia responder aquela pergunta: "Havia valido à pena? "O começo daquele dia no serviço revelou-se desastroso! Logo ao chegar, em cima de sua mesa, havia uma correspondência de um cliente questionando a solução de um problema que havia sido discutido entre ambos dois dias atrás, na quarta-feira. Ella ficou atônita! Fitou a colega à sua frente, sem acreditar! Dois dias atrás, ensinando o serviço que fazia à colega, preparando-a para suas férias, Ella havia lhe passado aquele problema. Bastava que Bete passasse as ordens de pagamento, como Ella havia ensinado. No dia anterior (quinta-feira), Ella havia recebido outra mensagem do cliente, solicitando a prontidão no atendimento. Ella havia questionado Bete, que admitiu ainda não ter respondido o cliente. Naquele instante, ao ouvir a resposta de Bete, Ella respirou fundo, sem acreditar na falta de ação da colega. Havia estendido a mão e solicitado à colega a devolução do documento, para que ela própria providenciasse as transferências, quando então Bete lhe disse que faria as transferências “-Pode deixar comigo! Eu farei!”- ela havia dito, olhando em seus olhos. Ella decidiu dar outra oportunidade à colega, uma vez que aquele tipo de serviço faria parte das atividades da colega durante o próximo mês, durante as férias de Ella. Entregou o novo e-mail do cliente, cobrando a solução do problema, e voltou sua atenção para os outros problemas em cima de sua mesa. E agora, naquela sexta-feira, um novo e-mail do cliente estava lá, dessa vez mostrando toda a sua insatisfação quanto à solução de seu problema!Ella não sabe como começou a discussão. Lembra que perguntou à Bete se ela havia feito as transferências, e quando a colega disse que “-Não!”, Ella simplesmente perdeu a paciência! Lembra que elevou a voz ao falar com a colega, indignada que estava com sua atitude. E então, em vez da colega assumir seu erro, a mesma passou a dizer que o problema era de Ella... “- Essas transferências foram solicitadas há 10 dias atrás!”... “- Você deixa acumular seu serviço!”...Então tudo virou um caleidoscópio de imagens, sons e cores! O setor parou para que todos ouvissem aquela discussão! Ella estava indignada com a situação, com a colega querendo repassar a culpa para ela! A gerente saiu de sua cadeira, aproximando-se das duas, e quando abriu a boca, foi para dizer que ultimamente vinha querendo falar sobre aquele assunto, pois havia notado que mais e mais clientes estavam reclamando de atraso em suas solicitações...É engraçado como essas situações são tão normais! Quem já não passou por isso? De um lado, confiança, ingenuidade empresarial, falta de malícia... de outro, ah, de outro lado...Ella olhou para a gerente. De repente, o quadro estava tão claro! Lembrou-se que possuía um currículo impecável! Curso superior, pós-graduação, falava inglês, possuía várias certificações exigidas pela empresa! Naquele ano, inclusive, obtivera mais duas certificações, sendo que a segunda prova fizera junto com a sua chefe... que não passara!Naquele instante, outras situações de trabalho passaram diante de seus olhos, como um filme: lembrou-se do período de férias de sua chefe, quando Ella precisou assumir uma postura gerencial para o bem da continuidade do serviço da equipe. Essa postura levou à retirada de um membro daquela equipe, que mais atrapalhava do que ajudava! Era um rapaz que se atrapalhava com o serviço que executava de tal forma, que sempre que terminava o seu expediente, deixava várias tarefas para trás, forçando Ella a terminar o serviço deixado por ele. Aquele acúmulo de tarefas no final do expediente trouxera alguns problemas, como algumas multas por erro... aplicadas à Ella, é claro, já que era ela quem finalizava as tarefas!... eu te contei que a Administração fez circular no setor relatórios falando sobre essas multas e apontando a responsável? Claro, a Ella!!!Engraçado! O rapaz passara por outros gerentes, que fizeram a mesma avaliação de Ella. Entretanto, ele havia permanecido na equipe de Ella, quando era óbvio que ele deveria estar sendo utilizado em um setor que se beneficiaria com sua aptidão em informática!

Também se lembrou que sua gerente fizera pouco caso do serviço do funcionário novo, o qual Ella havia elogiado logo nos primeiros dias, e que durante as férias da gerente, fora notado por outros gerentes de outras equipes!Mais tarde, sua gerente teve de reconhecer essas atitudes que Ella tomara, em sua avaliação funcional. Mas ainda soava em seus ouvidos o que ela dissera: “_Você é muito inteligente, mas...”. A inteligência era algo que não se podia negar... afinal, o currículo comprovava suas certificações! Mas o restante... você sabe como é: quem vai dizer do que você é capaz ou não numa avaliação funcional? O seu superior hierárquico. E aí, avaliando algo subjetivo, como capacidade gerencial, negocial, relação em equipe... o próprio sentimento de seu superior hierárquico em relação a você!...Por fim, Ella lembrou-se de outra coisa relacionada à sua gerente: no começo daquele ano havia confessado a ela os problemas no serviço pelos quais passara nos anos anteriores. Lembrava-se perfeitamente da fisionomia de sua chefe, quando dissera: “-E você acha que alguém vai sentir pena de você contando isso?”. Não. Ella não havia contado aquilo para que sua chefe sentisse pena dela. Qual fora sua intenção ao falar sobre aquilo? Agora até Ella já tinha suas dúvidas. Era um trauma que a seguia, ferida aberta, sem nunca cicatrizar!Só quem já passou pela experiência do assédio moral pode quantificar essa experiência! Estaria Ella querendo angariar simpatia? Não! Tinha certeza que não! O motivo pelo qual havia falado sobre aquele trauma é que estava sentido um certo travamento, e pedia ajuda à sua gerente! Afinal, ainda acreditava piamente no que sua empresa dizia: um dos papéis dos gerentes era orientar seus subordinados quanto à ascensão funcional, apontando as falhas e direcionando ferramentas para corrigir aquelas falhas! Santa ignorância! Santa ingenuidade!Ella terminou a discussão: “- Não quero falar sobre isso hoje! Hoje eu não quero me aborrecer!”. E assim voltou sua atenção para o serviço em sua mesa, em contagem regressiva para o final do dia e início de suas tão necessitadas férias!Meio que não percebeu os olhares dos outros sobre ela. Meio que não deu bola para o zum-zum-zum que começou a circular no ambiente. A única coisa que queria era terminar seu serviço, e acabar aquele dia. Férias. Descanso. Visitar a família e os amigos que deixara em sua cidade! Deus, estava cansada!Mais tarde, precisou relatar uma ocorrência de serviço à sua gerente. Foi quando teve certeza que aquele era O dia: ela estava falando com um outro funcionário, e ao perceber sua presença, virou-lhe a costa, ignorando-a por completo. Ella permaneceu ainda alguns minutos ali, esperando a atenção da gerente, até ter a certeza que estava sendo ignorada. Naquele momento, pensou apenas: “-Que infantilidade!”.Voltou para sua mesa. Mas o dia ainda não havia terminado. No horário do almoço, percebeu certa hostilidade nos olhos dos outros colegas. Lembrou-se de Bete, lembrou-se da discussão daquela manhã. Bete era um doce de pessoa, de fala mansa, suave, incapaz de levantar a voz! Havia anos que trabalhava naquele setor. Também era psicóloga, e exercia a profissão fora da empresa. Ella era a funcionária nova, que levantara a voz, antipática!O tema girava em torno de animais de estimação. Ella tinha dois cachorrinhos, que adorava. E a colega disse com voz brava: “- Prefiro gato a cachorro. Cachorro leva um chute do dono e continua abanando o rabinho!”. Era alguma indireta?À tarde vieram novas indiretas. Um colega, de repente, no meio da sala, virou-se para Ella e perguntou: “- E as suas pendências, Ella, vão sair de férias com você? Têm mais de 30...!” Ella não respondeu à altura. Nunca respondia! Mas deveria ter olhado dentro dos olhos do colega e perguntado: “-Mais de trinta? Então me mostre quais são!”.Naquele final de dia havia uma comemoração no setor. Era o último dia do mês, portando o dia de se comemorar os aniversariantes daquele mês. Também seria o momento em que os administradores iriam falar sobre o desempenho, metas e direcionamento para o próximo mês! E havia ainda um motivo especial: o lançamento do jornal interno! Foi uma ótima festa, com todos “gelando” Ella! ( Suspiro!)Então, finalmente, chegou a hora de ir embora. Ella passou por alguns colegas e disse: “-Até o outro mês!”. Um dos colegas olhou para ela e perguntou, surpreso: “-O outro mês?”. Ella sorriu. “-Estou saindo de férias!”. O colega olhou para Ella, e sua fisionomia mudou. Seria pena? Então Ella ouviu ele dizer: “- Que Deus te abençoe!”. Acho que até agora Ella está tentando decifrar essa frase!
Acho também que Ella está tentando descobrir como seria essa história na ótica de sua gerente, Bete, os outros colegas, os administradores! ... Pobre Ella!!! O que a aguarda quando retornar de suas férias?